A Pascoal e Filhos, S.A, exerce a sua actividade como armador de navios de pesca do largo complementada com uma forte componente industrial de produção de bacalhau seco, ultracongelado demolhado e refeições pré-cozinhadas congeladas e refrigeradas. É reconhecidamente responsável por todas as importantes inovações tecnológicas ao nível de processos e produtos introduzidos no sector nos últimos 15 anos, tendo acrescentado a inovação e a conveniência, valores da modernidade, à qualidade e confiança, valores tradicionais da marca, subjacentes a métodos, práticas e gama de produtos. É uma Empresa de registo aberto, transparente, não discriminatória, com consciência social e cultural, visando a procura de um desenvolvimento sustentável para todas as suas actividades que, como se calcula, têm como denominador comum o relacionamento com o Mar e actividades que, de alguma forma, lhe estejam conexas. Neste contexto, para além de participar activamente no movimento associativo sectorial, a Pascoal mantém há muitos anos um intenso relacionamento institucional com o Museu Marítimo de Ílhavo, com a Universidade de Aveiro, nomeadamente no apoio à Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, tendo participado e apoiado genericamente todas as melhores iniciativas que, nos últimos anos, auxiliaram à promoção da cultura marítima portuguesa.
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9 comentários:
PARABÉNS PELA INICIATIVA!!!
Não apenas a de criar este blogue, que assim nos permite estar a par do desenvolvimento do projecto e, quem sabe, apresentar sugestões, mas sobretudo pelo RESGATE DESTE BELO NAVIO!!!
BREVEMENTE QUEREMOS VÊ-LO A NAVEGAR, LINDÍSSIMO, AO LADO DO "CREOULA"!!!
Parabéns pela decisão.
Será que nos poderão informar que tipo de navio irá ser o novo Sta Maria Manuela? Será armado em Lugre ou com outro tipo de aparelho? Será um iate de luxo ou um navio de treino de mar? Qual é o objectivo desta reconstrução?
Obrigado pelo entusiasmo e pelos comentários.
Estamos abertos a receber informações que os nossos leitores tenham sobre o navio, assim como sugestões.
Em relação ao futuro do Santa Maria Manuela, estejam atentos, prometemos ir divulgando novas informações em http://santamariamanuela.blogspot.com
Tiro desde já o meu “Cap” de marujo, aos felizes promotores desta bela e rara iniciativa. No meu entender estão todos de parabéns, pois quando se vive num país que se diz ser de marinheiros, mas onde no dia a dia o que se tem observado é a perda sucessiva do nosso património marítimo, vide ( a destruição por negligência e incompetência do “Hortense”, a venda do “Argus”, e sobretudo a venda do espectacular “Gazela”, que é somente o lugre-patacho mais antigo do mundo a navegar – a minha alma até chora…), por tudo isto, só tenho mesmo é que tirar mais uma vez o meu velho boné, e agradecer.
Aproveitava agora para dar umas dicas, pois acabei de ter o prazer de navegar no belo “Creoula”, como instruendo do Curso Livre de História da Náutica e Cartografia Antiga da UAL. Embora o cruzeiro a Cadiz nosso destino final tenha sido curto (27-09-07 a 02-10-07), deu para tirar algumas ilações sobre as características do navio e alguns melhoramentos em termos de segurança a bordo.
Uma vez que vão reconstruir o SMM a partir do casco nu, e caso um dos propósitos deste navio seja também o da formação, será importante na minha modesta opinião não descurar as seguintes áreas:
- Funcional:
- Casas de banho minimamente amplas e operacionais para os instruendos. (Recordo que eu próprio não cabia no W.C. do “Creoula” - dramático eheheh)
- Ar condicionado nas cobertas, biblioteca e nos refeitórios (Uma vez que a maioria dos cruzeiros terá como destino o Mediterrâneo - Imperioso)
_Segurança:
-Os coletes salva-vidas dos instruendos no “Creoula” ao estarem dentro dos cacifos nas cobertas do navio, torna o acesso particularmente difícil, uma vez que as próprias bagagens dos instruendos dificultam a sua localização, o espaço torna-se apertado quando várias pessoas se dirigem para as mesmas zonas, e a luz ambiente ao ser reduzida em nada ajudava também.
Nota: Como solução, eu substituía as duas pilhas de dóris que estão colocadas a meio navio no convés, uma a cada bordo, como existe no “Creoula” (Função meramente decorativa e histórica), por cacifos herméticos, mas de fácil abertura, onde colocaria os coletes salva-vidas e também os fatos impermeáveis.
Nota: Em caso de emergência tudo estava junto, de fácil acesso e perto das balsas salva-vidas.
Técnica:
- Colocaria no navio o leme compensado, a fim de tornar o leme mais leve, logo a manobra mais fácil.
- Um hélice de 4 pás a fim de reduzir as vibrações.
- Robaletes a fim de reduzir o forte balanço lateral.
¬ Motor com uma potência que faça com que o navio possa atingir no mínimo, os 10-12 nós em velocidade de cruzeiro (Notar que muitas vezes as vazantes fortes em rios, chegam a atingir os 7-8 nós).
-E já agora porque não hélices de proa a fim de facilitar as manobras de porto (Largada e atracação)
Saudações Marinheiras
Caro Luís,
Agradecemos muito os seus comentários e subscrevemos a sua opinião relativamente ao património náutico português.
Quanto às questões funcionais tomámos boa nota uma vez que o SMM será também para treino de mar.
Quanto às questões técnicas é possível desde já referir que iremos ter leme compensado e máquina de leme electro hidráulica, o hélice será de passo variável e 4 pás, o navio já tem robaletes e hélice de proa.
A velocidade que prevemos com cerca de 1000HP será de 12 nós.
Obrigado e apareça sempre!
Pascoal amigo,assim o Morazzo está contigo...
É muito bom saber que o projecto do SMM está a começar a navegar com vento de través, com tendência para rondar para um largo firme. Gostei em saber que algumas melhorias técnicas já estão a ser implementadas, e que uma das utilizações futuras do navio vai ser mesmo a formação. No comentário anterior, esqueci-me de perguntar, se a traça original do navio iria ser mantida? Espero bem que sim, pois somente os primos do tio “Bush” eram capazes de fazer aquelas barbaridades ao desgraçado do “Argus”. Antes de terminar, gostaria de chamar a atenção para o tipo de calafetagem que vão usar no convés, pois no “Creoula”, uma espécie de borracha utilizada para esse fim, está toda a saltar, fazendo com que haja fortes infiltrações em todo o interior do navio.
Saudações Marinheiras e mais uma vez os meus parabéns por esta tão importante iniciativa.
Fiz 18 nós no «Creoula», só à vela, no Báltico, na Tall Ships Race de 1988!!! Espero chegarmos aos 20 nós no Santa Maria Manuela!!!!
Quanto aos W.C., dos 14 embarques no «Creoula» não senti qualquer dificuldade. Mas também só meço 1,72 m... E comparado com as condições que os marinheiros das campanhas à Terra Nova tinham, não é nada!!!
O ar-condicionado é fundamental. Num dos meus embarques no Creoula a Cabo Verde (em 1989) íamos simplesmente derretendo!!! Também aconteceu não termos conseguido abastecer água doce no Mindelo. Assim, nos 9 dias de mar que fizemos sem escala do Mindelo ao Faial tivemos de tomar banho com água salgada!...
Luís Filipe Morazzo,
Exteriormente o navio será muito parecido. Interiormente haverá importantes alterações.
Mais tarde publicaremos o arranjo geral!
O brigado pelas palavras e comentários técnicos sempre bem-vindos!
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