quarta-feira, 24 de junho de 2009

História em fotografias XIII

Em Maio de 2008 já havíamos publicado algumas fotografias do álbum do Capitão Vitorino Ramalheira com fotografias de Hector Lemieux, aquando da viagem realizada no SMM em 1966.
Continuamos agora a sua publicação.

O mar

O Aviz
Apoio Museu Marítimo de Ílhavo

6 comentários:

fangueiro.antonio disse...

Bom dia.

Várias vezes tenho trocado impressões com um antigo pescador do "Aviz", o Sr. Jaime "Pião", das Caxinas, e o saudosismo que demonstra em especial por este veleiro onde se estreou na Grande Faina, é enorme. É interessante verificar que a vida a bordo seria ainda mais dura num veleiro do que num navio-motor ou num arrastão, mas muitas vezes vejo o maior amor dos pescadores precisamente aos veleiros, como o Aviz... ou o "Manuela".
Tal só comprova que embora um arrastão ou navio-motor fossem mais rentáveis, o gosto maior para muitos era um veleiro e óbviamente não é por acaso que a Marinha moderna ensina em "velhos" veleiros, como a formosa "Sagres II".
Eis uma das razões maiores para o sucesso futuro do "Manuela" e seus pares.

Atentamente,
www.caxinas-a-freguesia.blogs.sapo.pt

Luis Filipe Morazzo disse...

Caro amigo Fangueiro

Concordo com tudo o que disse, só não posso concordar é quando se refere à actual "Sagres" como sendo a "Sagres II", quando na realidade trata-se da "Sagres III"

Saudações marinheiras

Luis Filipe Morazzo

fangueiro.antonio disse...

Caro L.F. Morazzo,

É a 1ª vez que vejo referirem-se à "Sagres" como III. Deixou-me curioso e irei averiguar sobre isso.
Poderá sempre esclarecer-nos sobre o que sabe.

Atentamente,
www.caxinas-a-freguesia.blogs.sapo.pt

Luis Filipe Morazzo disse...

Caro Sr. Fangueiro

Como acredito que é na partilha saudável dos conhecimentos que se faz luz, aqui vai uma dica sobre a existência do primeiro navio-escola da armada com o nome “Sagres”.

Tratou-se de uma corveta construída em madeira, pelo estaleiro Joung de Londres em 1858.

A construção do navio decorreu sob a inspecção do conde de Penha Firme, antigo comandante-chefe da esquadra liberal. O navio deslocava cerca de 1380 toneladas, com uma tripulação de 132 homens, tinha um aparelho de galera, estava equipado com uma máquina de 300 HP, armado com dez peças de artilharia, tinha uma autonomia de 4500 milhas a uma velocidade de cruzeiro de 10 nós, mas podia facilmente atingir os 13 nós, o que para a época era muito bom.

O navio esteve no activo cerca de 40 anos, tendo realizado nesse período, algumas missões de soberania a vários portos do então ultramar português e os comandantes que por ele passaram todos foram unânimes em relação às suas boas qualidades náuticas.
Deste modo vamos ter mesmo que pensar em renomear a actual Sagres II em Sagres III.

Saudações marinheiras

Luis Filipe Morazzo

fangueiro.antonio disse...

Caro Sr. Morazzo,

Tem toda a razão e acabo de ler o artigo em http://naviosenavegadores.blogspot.com/2008/04/marinha-portuguesa-no-norte.html
Efectivamente nunca ouvi ninguém referir-se à "Sagres" actual como III, o que está então errado. Mesmo "Sagres II" nem todos dizem.
Agradeço a sua resposta.
Espero que "Santa Maria Manuela" tenha realmente sido só um... .
Curiosamente, a maioria refere-se ao ex-"Argus" como "Polynesia", quando ele já é o "Polynesia II".
Mesmo o "Argus" (de 1939), não deveria ser "Argus II", uma vez que houve antes dele um lugre de nome "Argus"?
Serão erros nos registos ou somente o simplificar dos nomes?

Atentamente,
www.caxinas-a-freguesia.blogs.sapo.pt

Luis Filipe Morazzo disse...

Caro Sr. Fangueiro

Fiquei satisfeito em tê-lo ajudado a conhecer a existência da verdadeira primeira “Sagres” da nossa Armada. Na permuta dos conhecimentos, está o ganho, é nisso que devemos continuar a apostar neste tipo de blogues.
Em relação aos nomes dos navios, se devemos chamar “Argus II” ou simplesmente “Argus”? Na minha modesta opinião, caso não haja simultaneamente dois navios registados com o mesmo nome, arvorando a mesma bandeira, acredito que “Argus” estará perfeito.
Já não se poderá dizer o mesmo em relação aos famosos “Júlias” da Figueira, onde chegou mesmo a existir até um “Júlia IV”, ou os conhecidos cargueiros da SG “Costeiro”, “Costeiro Segundo” e “Costeiro Terceiro “ que serviram a empresa durante um determinado período em simultâneo.

Saudações marinheiras

Luis Filipe Morazzo