Foto: Flickr.com
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
E foi o principio de uma bela aventura!
Extraordinária fotografia do bota a baixo do SMM, em 1937, com a particularidade de ter no verso uma simbólica dedicatória.
Esta fotografia foi-nos oferecida por um grande Amigo do SMM, João José Teixeira de Passos, a quem, muito agradecemos.
Autor: Desconhecido
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
O porto da Figueira-da-Foz de parabéns !
A convite da administração portuária o Santa Maria Manuela participou nas comemorações do dia do porto.
Durante a semana foi visitado pelas escolas da Cidade e no fim-de-semana por cerca de 2500 pessoas!
Regressou hoje ao porto de Aveiro.
Fotos: Helder Afonso e S.M.M.
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Apontamento histórico!
O Santa Maria Manuela em segundo plano com o "São Ruy" em destaque. Ex-companheiros de empresa reencontram-se!
Fotos: Especial cortesia de Jean Pierre Andrieux (Canadá)
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
O Santa Maria Manuela de regresso!
Lisboa ficou mais bonita!!!
Esta noite pelas 23horas largaremos rumo ao Porto de Aveiro onde entraremos pelas 16horas de Domingo.
Boa viagem a todos os participantes em mais esta viagem de fim de semana!
Fotos: Especial gentileza de Luís Miguel Correia
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
11 de Maio de 2010
Sequência do Santa Maria Manuela a fundear, com o pano todo, em frente ao Terreiro do Paço em Lisboa, para participar na missa celebrada pelo Papa Bento XVI aquando da sua visita a Portugal.
O Santa Maria Manuela "despede-se" do "Creoula" na viagem de regresso a Aveiro.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
La Spezia!
Um mar de gente!
O Santa Maria Manuela, após ter participado na parada naval de encerramento do festival, navega já rumo a Lisboa.
Fotos: SMM
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Toulon
O Santa Maria Manuela em Toulon ( França ) onde, mais uma vez, foi recebido de forma entusiástica!
O Navio largou hoje, em regata, para La Spezia, Itália
Fotos: S.M.M.
O Navio largou hoje, em regata, para La Spezia, Itália
Fotos: S.M.M.
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Barcelona e mais um prémio!
O Santa Maria Manuela na Lycamobile Mediterranean Tall Ships Regatta 2013.
Vista do teleférico da "baixa" marítima de Barcelona!
Mais um prémio para o Santa Maria Manuela, novamente distinguido como o navio mais bem apresentado (Best Dressed Ship) da frota presente (29 navios).
Fotos: SMM
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Málaga!
O Santa Maria Manuela atracado no centro turístico-maritimo de Málaga!
Fomos recebidos com toda a simpatia.
Largámos ontem à noite com destino a Barcelona.
Fotos: SMM
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Gibraltar!
O Santa Maria Manuela fez escala este fim de semana em Gibraltar depois de uma curta estadia de 3 dias em Lisboa.
A largada, com destino a Málaga, foi no sábado ao fim da tarde.
Gibraltar ficou no nosso radar para futuras visitas!
Fotos: SMM
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
O Santa Maria Manuela em Aveiro
O SMM entrou ontem em Aveiro para reabastecimento. Larga no sábado de manhã para uma escala em Lisboa com destino ao Mediterraneo, de onde regressará na terceira semana de Outubro.
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
O Santa Maria Manuela no festival de Vlissingen (Holanda)
A receptividade foi, como de costume, excelente.
O navio escalou hoje Brest (França) e já navega com destino a Leixões onde entrará no próximo dia 3 de Setembro.
Fotos: Equipa do SMM
terça-feira, 27 de agosto de 2013
A Frota Branca (Portuguese White Fleet) - II
Mas
o que a tornará definitivamente lendária, do meu ponto de vista, é o facto de,
em 1950, o Embaixador Pedro Teotónio Pereira, personalidade política influente
do Estado Novo, ter convencido o Almirante Henrique Tenreiro da conveniência de
imortalizar a já conhecida “Frota Branca”, a última actividade económica no
Atlântico que ainda fazia uso da navegação à vela em viagens de longo curso.
Outras
conveniências políticas, que não vêm ao caso, completavam o rol de argumentos.
Obtida
a autorização, é escolhido para executar tal tarefa, o Cmdt. Alan Villiers,
oficial da marinha australiana, considerado o maior nome da época na literatura
do mar e dos navios, e que se havia precisamente distinguido a imortalizar
factos, frotas e actividades náuticas que corriam o risco de desaparecer como
era, evidentemente, o caso da “Frota Branca”.
O
navio escolhido foi o “Argus” o melhor e o maior navio desta frota construído
na Holanda em 1939 para a “Parceria Geral de Pescarias”, sob projecto do genial
arquitecto naval inglês Alexander Slater.
Na
campanha de 1950, o “Argus” era comandado pelo Capitão ilhavense Adolfo Simões
Paião Júnior.
Escrevia
Villiers logo no início do seu livro:
“
Fiquei encantado à primeira vista. Era um belíssimo navio de aço com quatro
mastros, maravilhosamente lançado, de mastreação alta, robusto de casco e de
aparelho e com uma proa tão fina como a de um yacht de regatas oceânicas. Era
pois aquela beleza de lugre, pintado de branco, um pescador de bacalhau? Até
custava a acreditar!”
“Estava
ali a última frota mercante à vela de toda a Europa. Eram estes os últimos
puros e autênticos veleiros fazendo vida no alto-mar, aguentando o seu trabalho
sem subsídios nem artifícios, e pescando à maneira tradicional, com linhas e
anzóis, por meio daqueles barquitos de remos, chamados dóris.”
Eram
trinta e dois veleiros, ainda assim, os que se preparavam para tomar parte
naquela árdua empresa – trinta e um lugres, de panos latinos, todos de três ou
quatro mastros, e um último e único lugre-patacho.”, contabilizava Villiers.
É
a viagem número 20 do “Argus” com saída de Lisboa a 1 de Abril.
O
livro “A campanha do Argus” traduzido em 12 línguas, sairá em 1951.
Villiers
realiza também um pequeno filme, com difusão mundial, onde imortaliza a “White
Fleet”, os seus navios, os seus capitães e tripulações, descritos como gente
corajosa e trabalhadora.
Em
Maio de 1952, a “National Geographic Magazine” publica um artigo resumo do
livro intitulado “I sailed with Portuguese Captains courageous”.
Faz
inúmeras fotografias, algumas lendárias, que organiza em álbuns para oferecer
aos oficiais do navio e ao Museu Marítimo de Ílhavo.
O
“Argus” em pesca, rodeado de doris, tem maquete honrosa no Museu de Greenwich.
Ficou
assim, definitiva e mundialmente celebrizada, a “Frota Branca” que teria o seu
fim devido à obsolescência dos navios, ao anacronismo dos métodos e à extrema
dureza e perigosidade a que estavam sujeitas estas valentes tripulações!
“Perdem-se
navios no gelo; incêndios; alquebram, soçobram, velhinhos, com volta de mar a
partir no convés; fendem as rodas de proa e os cadastes de tanto mau tempo suportarem
fundeados; abrem água, abandonam-se!”
Faço
minhas as palavras de Francisco Marques e Ana Maria Lopes.
Em
1973, faz a última viagem aos Bancos, o último navio em actividade da frota, o
“Creoula”.
Desaparecia
assim, neste ano, a heróica “Portuguese White Fleet”, definitivamente famosa e
celebrizada por Villiers!
Mas
terá mesmo desaparecido?
Há
quem diga que os navios têm alma e, alguns, de tão lindos e robustos,
encontrarão sempre quem deles cuide!
Foi
o caso de alguns destes navios que não desapareceram, encontraram quem deles
cuide e nova razão de existir!
Resistiram,
teimosamente, à idade e à extrema dureza da pesca do bacalhau com dóris e estão
vivos, para novas aventuras mas, sobretudo, para não deixar esquecer a “Frota
Branca” e para honrar todos aqueles que fizeram da Faina Maior por vocação ou
por outra razão qualquer, o seu modo de vida!
Estou
naturalmente a referir-me ao “Gazela I”, ao “Santa Maria Manuela”, ao “Creoula”
e ao “almirante” “Argus”.
Quero
reportar-me muito brevemente a cada um deles, mostrando, sobretudo, quais as
suas novas valências.
O
“Gazela I”, o nosso “gazelão” realizou a sua última viagem em 1969.
Em
1971 foi vendido para os Estados Unidos, é propriedade de uma fundação privada,
“The Philadelphia Ship Preservation Guild”, sem fins lucrativos, que mantêm o
navio em operação por recurso a tripulações voluntárias e donativos.
Participa
em eventos e festivais náuticos na costa americana, faz treino de mar e iça a
bandeira portuguesa quando navega.
A
fundação tem a maior honra na história e prestígio do navio tendo como
objectivo aprofundar o seu relacionamento com Portugal, nomeadamente com os
outros navios sobreviventes da “Frota Branca” e programar acções conjuntas no
futuro.
O
“Santa Maria Manuela”, ou o que dele sobrou, foi adquirido pela Pascoal em 2007
e reconstruido como navio de treino de mar e prestação de serviços na área do
turismo cultural de vocação marítima.
Entrou
ao serviço em 10 de Maio de 2010, data do seu aniversário.
Arma
normalmente no porto de Aveiro, já realizou uma extraordinária viagem a St.
John’s sendo recebido com as maiores honras nesta que foi a sua segunda “casa”
durante décadas.
A
Câmara de St. John’s mandou executar um monumento em bronze, localizado no cais
onde o navio atracou, que simboliza a grande amizade entre os povos dos dois
países na base da pesca do bacalhau.
O
navio evoca permanentemente e homenageia os tempos da “Frota Branca”
nomeadamente através de filmes e exposições sobre a grande pesca exibindo,
devidamente aparelhados, dois dóris no convés.
Tem
participado em grandes eventos internacionais de Tall Ships sendo membro da
“Sailing Training International”.
O
“Creoula” como já foi referido, realizou a sua última viagem ao bacalhau em
1973.
Em
1978, foi adquirido pelo Governo português para, eventualmente, aí ser
instalado um museu dedicado à pesca.
Porém,
atendendo ao seu bom estado de conservação, foi decidido transformá-lo em navio
de treino de mar, tendo sido aumentado ao efectivo da Marinha portuguesa em
1987.
De
então para cá, tem efectuado dezenas de viagens de treino de mar, sobretudo
para jovens, e representado Portugal em diversos eventos em território nacional
e no estrangeiro.
Finalmente,
o “Argus”.
Em
1970 realiza a última das 31 campanhas que efectuou ao bacalhau.
Foram
seus capitães, todos ilhavenses:
Aníbal Pereira Ramalheira (1939)
Adolfo Simões
Paião Júnior (39, 40, 44 e 57)
João Pereira
Ramalheira (41 a 43)
Francisco da Silva Paião (58 a 68)
Francisco da Silva Paião (58 a 68)
José Luís
Oliveira (69 e 70)
Em
1974 é vendido a uma empresa canadiana com um nome curioso: “White Fleet Cruise
Ships” que o revenderá a uma empresa americana, com sede em Miami, “Windjammer
Barefoot Cruises”, detida por um comandante da marinha americana, Mike Boorke.
É
transformado em navio de passageiros com a actual configuração e opera até 2006
no Caribe sob o nome de “Polynesia II”, ano em que é abandonado em Aruba.
Em
22 de Fevereiro de 2009, a Pascoal compra o navio em leilão.
O
“Polynesia II”, o nosso “Argus” regressa a mãos portuguesas!
Em
16 de Março inicia regresso a Portugal, a reboque.
Em
9 de Abril, o “Argus” atraca no cais da Pascoal na Gafanha da Nazaré.
Em
2012, o “Argus” junta-se aos irmãos “Santa Maria Manuela” e “Creoula” no
terminal norte do porto de Aveiro no âmbito do “Ílhavo Sea Festival” no que será
um acontecimento histórico da maior relevância e significado.
O
“Argus” continua atracado no Cais dos Bacalhoeiros, com uma lágrima ao canto do
olho, aguardando a sua hora!
A
“Frota Branca” acabou?
Não,
não acabou, nem acabará!
Restam
quatro excepcionais navios, que cumprem dignamente a tarefa de treinar gente
para o mar, homenageando simultaneamente todos aqueles que honrosamente tiveram
como modo de vida a duríssima pesca do bacalhau à linha em dóris de um só homem
nos mares da Terra Nova e Groenlândia.
Cumprimos,
assim, uma difícil tarefa de mantermos viva e
operacional uma frota de navios históricos e, adicionalmente, perpetuarmos um
património sociológico relacionado com a pesca do bacalhau em pesqueiros
longínquos, que já não é só pertença de Portugal
Numa
altura em que o regresso de Portugal ao mar entrou no vocabulário do
politicamente correcto, ajudar a manter esta frota de navios a operar é um
imperativo a que não pretendo furtar-me.
Ao
mar regressa-se de navio quer se queira quer não!
Portugal
voltará a ser novamente uma grande nação quando definitivamente perceber que o
mar, o mar português, será um dos pilares do nosso desenvolvimento futuro.
Honrando
o passado, percebemos melhor como poderemos gerir o presente e projectar o
futuro.
A
“Frota Branca”, ou o que dela resta, aqui está para o demonstrar!
O Santa Maria Manuela durante a 2ª Guerra Mundial (1944?)
Texto de Anibal M. Paião
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
A Frota Branca (Portuguese White Fleet) - I
Queremos
propor-vos uma viagem marítima pela frota bacalhoeira
portuguesa durante a 2ª Guerra Mundial, que tipo de navios a compunha, como
surgiu este conceito de “Frota Branca”, o porquê da referência cromática,
porque ficou célebre, como terá acabado se acabou e o que devemos fazer com o
que dela terá restado material e sociologicamente.
Em
1939, Portugal dispunha de uma frota bacalhoeira fundamentalmente composta por
umas dezenas de navios de madeira, à vela, de três e quatro mastros, lugres e
lugres patachos, alguns com motor auxiliar, instalados a partir de 1932.
Os
navios de três mastros eram na sua maioria antigos e muitos foram adquiridos no
estrangeiro.
A
designação lugre refere-se a navios com pelo menos três mastros envergando em todos
velas latinas.
Os
patachos tinham dois mastaréus no mastro de vante (traquete) envergando pano
redondo.
Normalmente
os navios usavam ainda estênsulas ou seja velas içadas entre mastaréus.
Tinham
convés corrido e arrumado por forma a alinhar as pilhas dos doris, nos dois
bordos, proa e popa normalmente de formas muito elegantes.
Pareciam
de facto grandes iates.
Em
1935, entra ao serviço o primeiro lugre de ferro, o “José Alberto” construído
em 1923 na Dinamarca.
Em
1937, são lançados à água os lugres de 4 mastros “Santa Maria Manuela” e
“Creoula”; o “Argus” chega em 1939, navio almirante da frota de navios de vela.
Ainda
em 39 é construído o primeiro navio motor de ferro, o “São Ruy”, para a Empresa
de Pesca de Viana.
Os
primeiros arrastões laterais para a SNAB (Sociedade Nacional dos Armadores do
Bacalhau) e para a Empresa de Pesca de Aveiro começaram a entrar ao serviço a
partir de 1936 e completavam a frota.
Para
o que nos interessa, e esta é a minha primeira chamada de atenção, apenas nos
ocuparemos dos navios de vela, lugres e lugres patachos, cerca de quarenta de
madeira e quatro de ferro, utilizando como sistema de pesca do bacalhau, a
linha com anzóis em doris de um só homem ou de um homem só se preferirem.
Esta
precisão é muito importante porque tradicionalmente o conceito Frota Branca tem
sido utilizado de forma generalizada, onde cabem todos os navios cujo casco foi
pintado de branco, como o nome indica, sejam eles lugres ou navios motores, de
madeira ou ferro.
Ora
no meu entendimento da questão este termo está datado e apenas se aplica aos
navios à vela de madeira ou ferro.
Vista
sumariamente a frota e delimitado o campo do conceito, vejamos então qual a sua
origem.
A
neutralidade portuguesa durante a 2ª Guerra Mundial, sucesso diplomático para o
regime, destino natural para uns uma vez que não valíamos o que custávamos,
calculismo geométrico ditado pelas negociatas do volfrâmio e dos diversos negócios
de guerra para outros, esteve na base do surgimento do conceito de Frota Branca.
Portugal
perde no Atlântico, durante o período da guerra, 18 mil toneladas da frota
marítima, cerca de 7% da arqueação bruta total, devido a ataques de submarinos,
supostamente alemães, os tristemente célebres U-boats.
Os
navios afundados são, na sua esmagadora maioria, transportes da marinha
mercante, eventualmente vítimas da pressão alemã para aumentar os fornecimentos
de volfrâmio português na exacta medida das crescentes necessidades a que
obrigava a evolução do curso da guerra.
A
frota de navios de pesca do bacalhau, promovido a partir de 1936 a questão de
regime quanto mais não fosse por contribuir para suprir necessidades básicas de
alimentação à população portuguesa, é a única que continua a atravessar o
Atlântico para manter o exercício da pesca nos bancos da Terra Nova e
Groelândia.
Consciente
da extrema perigosidade das travessias atlânticas e fazendo uso da neutralidade
portuguesa como escudo supostamente protector, o Estado Maior Naval ordena, por
razões de segurança, ou seja, para permitir identificação fácil aos periscópios
dos submarinos, que os navios alterem a sua pintura exterior, isto é, casco e
superestruturas a branco, com a bandeira nas amuras, seguida do nome do navio e
país e mastros a ocre.
Finda
a campanha do bacalhau, os navios deveriam ser pintados com a cor original
usada pelos respectivos armadores.
De
facto, até ao início da guerra cada armador pintava o navio com as cores que
bem entendia.
O
“Santa Maria Manuela” por exemplo era cinzento, o “Creoula” e o “Argus” eram
“sangue de boi” como se dizia.
Apesar
desta determinação do Estado Maior Naval existiu, em minha opinião, até 1942,
uma certa anarquia na execução destas ordens, facto que poderá ser comprovado
pelos registos fotográficos da época onde se observam alguns navios com as
cores originais no casco e, nome e país pintados a branco.
Nesse
ano, porém, os submarinos, supostamente alemães, chegaram à frota bacalhoeira:
são torpedeados e afundados os lugres “Delães”, sem vítimas, e “Maria da
Glória” com 34 homens desaparecidos.
Este
facto terá servido como uma espécie de acelerador da uniformização cromática da
frota, extensível em 1943 aos primeiros navios-motores de madeira da frota, o
“Byssaia Barreto” e o “Comandante Tenreiro” por determinação expressa do Estado
Maior Naval em Março desse ano, coincidindo com a cedência dos Açores aos
Aliados numa altura em que, na opinião de muitos, a Alemanha já perdera a
guerra marítima no Atlântico.
Nasceu
assim, o conceito de Frota Branca devido à nova pintura dos cascos e
superestruturas dos navios e, em minha opinião, também ao facto da esmagadora
maioria dos navios usarem velas que, como é sabido, eram confeccionadas em lona
branca.
Será
pois, fundamentalmente por esta razão, de valorização da mancha branca
casco/velas, que excluo do conceito de “Frota Branca” os navios motores e o
restrinjo aos navios à vela.
Os
navios, atravessavam o Atlântico em comboios, normalmente sob escolta do “Gil
Eanes”, então navio militar, agrupados consoante tivessem ou não motorização.
Esta
circunstância, e no pós guerra, a evidente obsolescência e dureza deste tipo de
pesca que lhe conferia um certo carácter de excepcionalidade, contribuíram para
generalizar o termo uma vez que os armadores, por razões várias, terão decidido
manter os navios de pesca à linha, à vela ou não, brancos, e os arrastões
normalmente a negro.
Esta
frota ganhou, assim, uma grande notoriedade pela sua singularidade, passando a
ser alvo de estudo e observação por estudiosos e fotógrafos, particularmente
quando se reunia em St. John’s para reabastecimento ou para fugir aos ciclones,
frequentes nos grandes bancos da Terra Nova. (continua)
O Santa Maria Manuela fotografado do "Creoula" (1944) pelo Capitão Francisco da Silva Paião (Almeida)
Texto de Anibal M. Paião
terça-feira, 23 de julho de 2013
Mais uma grande aventura!
O Santa Maria Manuela regressou ontem de mais uma fantástica viagem de fim de semana às Berlengas e à Galega.
"No topo do mastro do Santa Maria Manuela, a cerca de 30 metros de altura. Ritmo cardíaco: 150 bpm. Mar calmíssimo. Agora imaginem ter de subir a esta altura numa situação de borrasca, com o barco em andamento e a oscilar. Não há coração que aguente.
A vida de marinheiro tem destas coisas." (Gonçalo Figueiredo)
Novas aventuras estão em preparação!
Fotos: António Figueiredo e Gonçalo Figueiredo
Berlengas à vista!
Calma podre!
"No topo do mastro do Santa Maria Manuela, a cerca de 30 metros de altura. Ritmo cardíaco: 150 bpm. Mar calmíssimo. Agora imaginem ter de subir a esta altura numa situação de borrasca, com o barco em andamento e a oscilar. Não há coração que aguente.
A vida de marinheiro tem destas coisas." (Gonçalo Figueiredo)
Novas aventuras estão em preparação!
Fotos: António Figueiredo e Gonçalo Figueiredo
segunda-feira, 1 de julho de 2013
segunda-feira, 24 de junho de 2013
O Santa Maria Manuela em Den Helder ( Holanda )
Neste momento o navio navega com destino a Brest ( França ) onde deverá entrar no próximo dia 27 permanecendo até 30.
A bordo segue um grupo de 40 jovens holandeses.
Foto: S.M.M.
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