quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O acontecimento do Ílhavo Sea Festival



O Argus, o Santa Maria Manuela e o Creoula, juntos!
Muitos poucos achavam possível!
É o acontecimento do festival!

5 comentários:

Unknown disse...

Parabéns à Empresa PASCOAL pelo arrojado desafio de recuperação do SMM, futuramente a do ARGUS, e que tornou possível juntar hoje estes 3 ìcones da pesca do bacalhau, ao fim de tanta "ondulação"...
José Veiga Anjos

Unknown disse...

Fantástico. Para quem acompanhana como eu, a nossa grande história da odisseia do bacalhau, conhece os artigos da National Geografic sobre a nossa frota branca, embarcou no Creoula, escreveu sobre o Santa Maria Manuela abandonado em S. Jacinto, e conhece a fotografia da Viagem inaugural do Argus na NG, é com muita alegria que vejo que em Portugal e em especial Aveiro/Ilhavo se sente com orgulho a nossa história marítima. Parabéns a todos o que tornaram isto possível...

paulo magalhães disse...

para quem embarcou no creoula, escreveu sobre o Santa Maria Manuela sobre abandonado em S.Jacinto e conhece a fotografia publicada na National Geografic da viagem inaugural do Argus, e acompanha a história da epopeia do Bacalhau da frota branca.. é com jutia alegria que sinto que a nossa história continua a fazer parte de nós, e a mover-nos colectivamente. Parabéns Aveiro, Ilhavo e todos os que tornaram isto possível...

Anónimo disse...

Felizmente ainda há quem procure preservar o nosso património. É um orgulho poder olhar os três "irmãos" no cais. Oxalá se possa proceder ao restauro rápido do Argus. Bem-hajam!

Soares Teixeira disse...

Santa Maria Manuela


Santa Maria Manuela
é uma alma em corpo de veleiro

Branco
do cais de cada instante
saía para o templo azul
erguido na pétala da distância
Santa Maria Manuela
o bacalhoeiro
Belo e de proa triunfante
segredava ao mar
pela voz das velas
as viagens do pensamento
dos que nele navegavam
vestidos de vastidão e vento

Triste
um dia parou
à grande porta do tempo
como um fim de tarde sem júbilo
Santa Maria Manuela
quase grito derradeiro
Ferido e a sangrar
era um estranho animal
que em surdina chamava
pelo azul dos sonhos
a cintilar
no rosto de Portugal

Abertas
como grandes asas de vontade
mãos em manhã de aventura
lançaram-se firmes
para salvar a taça tombada
no altar do destino
e cada homem era um menino
no assombro de ser mais
que o brilho de um sonho
entre a folhagem de um jardim
cada homem era o azul
a transbordar do horizonte

E aconteceu
o futuro renasceu
branco

Santa Maria Manuela
alma em corpo inteiro
Santa Maria Manuela
o veleiro



Soares Teixeira / 04-08-2012